terça-feira, 6 de setembro de 2011

Caminhar


                                               CAMINHAR


       Durante a minha última consulta médica,  tive a infeliz notícia que havia aumentado quase 10 kg o meu peso. O médico recomendou fez as recomendações de sempre, entre elas, realizar uma atividade para controlar esse problema que me acompanha desde a infância. Parei um pouco para raciocinar:  de outubro de 2010 a maio de 2011, havia perdido 9 kg. A solução seria o retorno das minhas caminhadas, coisa que eu faço desde a minha adolescência e que, devido a preguiça e as chuvas dos meses de julho e agosto, havia parado de fazer. É hora de colocar o velho tênis, a bermuda e a regata e botar o pé na estrada.
             Sempre gostei de caminhar. Se há uma distância relativamente curta( como , por exemplo, do Morro Santa Tereza ao Menino Deus ou do Morro Santa Tereza a Azenha) eu sempre fiz a pé. Vou tentar listar alguns motivos para isso: economizar passagens, seria o primeiro; o segundo, evitar ônibus lotada(as linhas que vão até o Morro são um inferno em horário de pico); o terceiro, apreciar a paisagem em um dia ensolarado e bonito( a vista pro Guaíba, por exemplo) e o quarto e, talvez, o último, ter um tempo para conversar comigo mesmo. Parece loucura, não é?  Não, é claro que não! Muitas vezes não temos tempo para refletir sobre os nossos problemas, ter uma conversa consigo mesmo ou esquecer alguns problemas que teimam em tirar o teu bom humor.
            Coloco o meu velho tênis no pé, boto a minha bermuda e a minha regata e vou redescobrindo alguns caminhos na Zona Leste, saindo da Cristiano Fischer, mergulhando na Engenheiro Antônio Carlos Tibiriçá, Adentrando na Salvador França, redescobrindo o trecho da Ipiranga tomado pelas instalações da PUC e, depois, ou retornando pela Cristiano Fischer ou rumando até rua Santa Isabel. Com os fones no ouvido, ora ouvindo um partido alto bem pegado com o Grupo Fundo de Quintal, ora ouvindo um charm da antiga com Glenn Jones, ora curtindo Tim Maia, Jorge Bem Jor, Bedeu, Bebeto, Seu Jorge, entre outros. No caminho, vou projetando o futuro; planejando aquilo que ainda tenho que fazer. No caminho esqueço os problemas, as derrotas momentâneas, os erros meus que não tem solução e lembro daqueles que ainda são solucionáveis. Caminhar é uma terapia. Quando não consigo caminhar, o mundo parece mais cinza.
          O mês de setembro parece ser um mês promissor. Tomara que venha por aí dias ensolarados que pedem boas caminhadas e ótimas reflexões. Precisarei caminhar muito para perder esses quilinhos a mais adquiridos e outros que ainda incomodam. Fazer o quê? Caminhar é preciso.......

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