quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

RECESSO

RECESSO

Não abandonei o blog”Passando a limpo”, só estou em um recesso não forçado. Nesse meio-tempo,tentei escrever algumas matérias, mas a inspiração e as palavras fugiram e, achei importante me manter calado para não escrever bobagens. Acho que foi melhor assim.
O que eu posso garantir sobre o blog que, aos poucos, estarei voltando as funções desse espaço onde eu discuto assuntos que dizem respeito aquilo que eu gosto e acredito.
Agradeço pela compreensão de todos.
Um grande abraço.
André Luís.

CUPINS

CUPINS



Recursos são para o bem comum
É tão simples e óbvio dizer e ouvir algo assim
Vemos diariamente as coisas serem consumidas e repostas
Como uma resposta certa, o ciclo natural
Assim caminhamos neste tempo compartilhado
A vida transformada somente em consumo desenfreado
E agora que tínhamos a esperança que tudo pudesse seguir seu rumo
Vem a certeza de que os recursos estão findando
E você, parada no caminho, a contemplar um ninho de cupins
Pensando e afirmando que talvez fossemos os animais mais inteligentes
De todo o universo
O chamado ápice da criação
Eu te respondo que estamos no nível desses singelos insetos,
Não somos mais do que eles.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Natal


Natal

 
   Eu tinha a ideia de fazer um post bem colorido sobre o Natal, falar da importância da data, “puxar” pelos fatos históricos e etc... mas não deu. A preguiça foi muito mais forte que eu neste mês de dezembro e , além disso, havia outras coisas mais  urgentes para serem realizadas. Gosto muito de escrever, embora muitas vezes eu acho que não escrevo da forma que deveria ser escrita e há muito o que se corrigir nos meus textos. Tudo bem!Vamos em frente!

   Certa vez ,lendo o Diário Gaúcho,na coluna de um senhor espírita que escreve toda terça-feira, ele exaltou a celebração natalina e disse mais: se o Natal não existisse, deveria ser inventado. Ele não estava falando do consumismo, da histeria coletiva nas ruas com a intenção de comprar presentes artigos para ceia e com isso, vem furtos, assaltos, violência e outras coisas. Costumo dizer que dezembro é o mês da loucura, pois por trás das festas acontece de tudo nesse mês. Voltando ao Natal, embora todo esse clima de loucura, é uma época para fazer as pazes consigo e com os outros e exercitar o nosso lado humanitário. Claro que o melhor de nós não deve só aflorar nessa época, mas as festas de Dezembro são ideais para que possamos pensar e fazer o bem ao próximo.
 
    Ainda sobre o Natal: Estava lendo uma postagem de um famoso babalorixá numa rede social falando que o Natal não é uma festa pra nós africanistas, que Jesus Cristo não é Oxalá e que não devemos dar moral para a Igreja Católica e suas festas. Concordo em partes e em partes não concordo. O Natal,na sua origem não é uma festa Cristã. Começou na Roma Antiga como uma festa ao deus persa Mitra, mas , antes disso, era parte de um festival realizado há 7 mil anos por povos do hemisfério norte em louvação ao Sol  e as colheitas. Foi adotado mais tarde, após Roma se converter ao Cristianismo, pois os cristão não sabiam da real data de nascimento de Jesus. Após isso foram agregados outros símbolos, mas nenhum de origem cristã(com exceção do presépio). O Natal, como a maioria das festas cristãs, tem origem em outras culturas, assim como a maioria das religiões tem origem em outras culturas e credos. Não podemos ser tão radicais assim.
   Feliz Natal atrasado a todos.

José Eduardo


JOSÉ EDUARDO




Hoje, 26 de dezembro, o meu caçulinha José Eduardo está completando 2 anos de vida. Agradeço a Deus por ter me dado esse lindo menino como filho. Costumo dizer que ele foi o meu presente de Natal do ano de 2009. Esse menino adorado é meu companheiro em todas as horas.
Filho, embora ainda não entenda o que escrevo pra ti, venho utilizar esse espaço para dizer que você e seus irmãos são as melhores coisas que aconteceram na minha vida. Te amo!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mãe Oxum


Mãe Oxum
 

     Nesse post eu queria agradecer a presença dessa maravilhosa Mãe na minha vida. Apesar do ano 2011, regido por ela, não ter sido um grande ano pra mim, agradeço a Mãe Oxum pela proteção dada a mim e por me livrar das roubadas que a vida me trouxe no mesmo período. Chegamos ao final de mais uma etapa e se o resultado não foi tão positivo assim, temos um ano novo pra construí-lo.
    Oxum, a grande mãe, dona do ouro, da fertilidade, da beleza e do perfume. Rege o amor, a beleza e a vaidade, não no sentido pejorativo, mas sim o prazer de vestir-se bem, de mostrar-se bela, admirada e desejada por todos. A protetora das crianças, que tem seu domínio nas águas dos rios e na fertilidade, tem vários devotos espalhados por esse Brasil e na região de Ijexá e Oxogbo na Nigéria. Em várias lendas, é associada aos mais diversos Orixás, entre eles Bará , Ogum, Xangô , Odé , Oxalá e Orunmilá. Várias cerimônia de cultos afro( Nação, Umbanda, Candomblé entre outros) foram e ainda estão sendo realizadas no dia de hoje. Acabo de deixar a minha oferenda na Prainha, Usina do Gasômetro,em Porto Alegre, onde está rolando sessões de Umbanda e rituais da Nação Africana dos Orixás. Porto Alegre se vestiu de dourado para homenagear a nossa grande mãe.
    Sou orgulhoso por ser seu filho, Yá Oxum Ademun!

É D'oxum

Nessa cidade todo mundo é d'Oxum
Homem, menino, menina, mulher
Toda a cidade irradia magia
Presente na água doce
Presente na água salgada
E toda a cidade brilha
Seja tenente ou filho de pescador
Ou importante desembargador
Se der presente é tudo uma coisa só
A força que mora n'água
Não faz distinção de cor
E toda a cidade é d'Oxum
É d'Oxum
É d'Oxum
Eu vou navegar
Eu vou navegar nas ondas do mar
Eu vou navegar nas ondas do mar
Composição: Anônimo
 
Ou - A Òsum yèyé ipè l’Òrun
( Continuamente vamos mãe Oxum ao chamado e nos
somamos no céu)
D - A Òsum yèyé ipè l’Òrun
( Continuamente vamos mãe Oxum ao chamado e nos
somamos no céu)
Ou - Ipè l’òrun, a dê lúwe yèyé ou! 
( Ao chamado nos somamos sempre usando o céu, chegamos
nadando, OH mãe!)
D - A Òsum yèyé ipè l’Òrun
( Continuamente vamos mãe Oxum ao chamado e nos
somamos no céu)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Fim do ano


     E pensar que este ano de 2011 já está findado. Falta um pouco mais de 25 dias para nos despedirmos de 2011 e vem aquela sensação anual de que não fizemos nada e que seria ideal se sobrasse um tempinho para realizarmos tudo aquilo que não foi possível realizar.Infelizmente somos escravos do relógio e daquilo que convencionamos a chamar de tempo. O calendário, com seus dias e meses, torna-se a principal fonte de preocupação da raça humana. Tem uma propaganda bonitinha(acho que é de um analgésico?!) que fala”taxa pra pagar/meta pra bater/.../o prazo, o atraso, o aumento/ a data de vencimento...”Essas coisas todas fazem parte do teatro das nossas preocupações e, por incrível que pareça, não conseguimos nos livrar delas.
   2011 foi um ano tipo “empata e perde” pra mim ou como eu costumo dizer, um ano que eu fiquei na fila(em todos os sentidos).As coisas que eu quis fazer ou que eu quis pra mim só bateram na trave. Mesmo assim,não foi todo ruim,não. Acho que coisas piores poderiam ter acontecido e que, graças a Deus e a minha mãe Oxum, não aconteceram ou que foram evitadas a tempo de causar danos maiores. Esse ano pude aprender algumas coisas diferentes,pude testar a minha paciência, pude fazer com calma algumas coisas que , em tempos normais de frenética produção,não poderia ter realizado. Pois bem, 2011, na minha ideia  tu já vai tarde, mas foi bom enquanto durou!
   Não vou fazer uma retrospectiva nesse post. Vou deixar essa coisa de inventário para algum post mais perto do dia 31. Fica aqui um registro de mais uma reflexão, mais uma tentativa de passar a limpo uma etapa da minha vida. Todo o tipo de reflexão é bem vinda e todos os seus frutos são saborosos!
Bom domingo e boa semana a todos!

Iansã


Iansã

    O nome Iansã vem do ioruba yia  Omo mesan  que significa a mãe dos nove filhos. Iansã ou Oyá é um Orixá feminino, uma yabá, que primeiramente foi casada com o orixá da guerra, Ogum e depois , segundo as lendas, foi casada com o rei Xangô, juntamente com Oxum e Obá. Dependendo da nação que a cultua, sua cor varia do vermelho (nação Cabinda e Ijexá), rosa ou marrom (nação Oyó). Rainha dos raios, dos ventos e das tempestades, tem o amor e a paixão como o seu domínio. Também é considerada a rainha dos eguns(espíritos). Oyá é um Orixá feminino guerreiro, de temperamento apaixonado e explosivo. Representada todas as mulheres que vão à luta em busca do seu sustento e de seus objetivos. 
 

Iansã - Orixá dos Ventos e da Tempestade !!!(Extraído do site http://casaiemanjaiassoba.com.br/indorixas.html 04/12/2011 01:27)

Oxaguiam (Oxalá novo e guerreiro) estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear. Ogum fazia as armas, mas fazia lentamente.  Oxaguiam pediu a seu amigo Ogum urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Oxaguiam que Oiá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar a fabricação. Oiá se pôs a soprar o fogo da forja de Ogum e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ogum pode fazer muitas armas e com as armas Oxaguiam venceu a guerra. Oxaguiam veio então agradecer Ogum. E na casa de Ogum enamorou-se de Oiá. Um dia fugiram Oxaguiam e Oiá, deixando Ogum enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiam voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oiá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Oxaguiam, onde vivia, Oiá soprava em direção à forja de Ogum. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiam da de Ogum. E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor. E o povo se acostumou com o sopro de Oiá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oiá a forja de Ogum. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oiá e o povo chamava a isso tempestade.

A essa grande mãe pedimos o seu axé!