terça-feira, 13 de setembro de 2011

AGOSTOS

Faz tempo que as rimas não me visitam
Meus versos andam pelo mundo como se faltassem pedaços
Estilhaço de uma alma que busca refúgio nas palavras e nos pensamentos
Pontes para o mundo só meu que, dificilmente, saberia compartilhar
Voam no vento, caminham no ar
Tão clichê e sem sentido como, de repente, estar vivo
Inconsequentes, desenganjados, nauseabundos , disformes
Talvez como a minha vida
Talvez como a vida de quem lê essas palavras
Faz tempo queainspiração não visita a casa dos meus sonhos
E a minha vida é o céu  de Porto Alegre no mês de Agosto
Ando pelas ruas de uma cidade sem identidade
Querendo ao mesmo tempo achar e perder a minha

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