segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Xapanã


Xapanã


        Xapanã é o Orixá da varíola, das doenças de pele, da doença e da cura em geral. Apresenta-se com o corpo coberto pelo filá ( máscara feita de palha da costa) e com xaxará ( vassoura feita da mesma palha). No candomblé é chamado de Obaluayê ( o Rei do Mundo) ou Omulu (Filho do Senhor), sendo que para essas religiões afro-brasileiras o nome Xapanã é tabu (diz-se que pronunciar o nome desse Orixá atrai doenças), sendo que a denominação Xapanã é só utilizada pelo batuque do sul do Brasil. Esse grande pai é originário da Nação Jêje, sendo considerado o seu rei. Também associado a morte, os domínios deste Orixá são as matas e os cemitérios. Muito respeitado e reverenciado pelo povo da Nação por ser associado às doenças( causadas por desrespeito a sua figura) e as curas, Xapanã está ligado as limpezas espirituais, onde é invocada a sua misericórdia.
        Conta a lenda que Xapanã , vindo de Empe, era um guerreiro terrível que seguia conquistando território com suas tropas pelos quatro cantos. Massacrava os povos conquistados, mutilando-os muitas vezes. Quando estava prestes a entrar no território Mahi, este povo, com medo do que poderia suceder-lhes, consultou um babalaô. Este babalaô ensinou o povo Mahi a fazer várias oferendas para acalmar Xapanã, entre elas, pipoca. Xapanã poupou o povo Mahi, pedindo a eles que somente construíssem um palácio para ele. Xapanã protegeu o povo Mahi e eles prosperaram.
          O dia de Xapanã, na nação batuqueira ou afro-brasileira, é quarta-feira. As suas cores são o vermelho e o preto ou ainda o lilás. Xapanã é  associado a São Lázaro ou ao Nosso Senhor do Bomfim ( Jesus carregando a Cruz). Os números associados aos seus axés são o 7 ou 9. A saudação a este glorioso orixá é Abaô! Dentre as suas qualidades destacamos Xapanã Sapatá, Xapanã Jubiteí , Xapanã Belujá, Xapanã Toyó entre outros. Xapanã associa-se a Oxum, Obá e Oyá.
          Dedico este post a meu falecido Pai, Eduardo de Xapanã, agradecendo essa grande herança que ele me deixou: o conhecimento e a fé nos Orixás.Também dedico ao meu filho Guilherme, filho desse glorioso Orixá.
Abaô, Pai Xapanã!

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