Nascido Raul Santos Seixas na cidade de Salvador, Bahia, iniciou sua carreira na década de 1960 com a banda Raulzito e os Panteras. Em 1972 participa do Festival Internacional da Canção com as canções Let me sing My Rock and Roll defendida por ele no festival e Eu sou eu, Nicuri é o Diabo interpretada por Lena Rios & Os Lobos. Na mesma época conhece o seu principal parceiro de muitas canções, Paulo Coelho. Em 1973 lança o álbum Krigh ah, Bandolo!. Em 1974, Raul Seixa e Paulo Coelho criam a Sociedade Alternativa, mesma época do lançamento do álbum Gitâ. A Sociedade Alternativa de Raul e de Paulo tinha era baseada nos dogmas do bruxo Aleister Crownley, que tinha como preceito: " Faça o que tu queres, pois é tudo da Lei." A dupla divulga a Sociedade Alternativa numa música homônima e nos shows realizados por Raul e , isso acabou despertando a atenção do DOPS, principal braço de repressão da ditadura. Os dois são presos, toruturados e se exilam nos EUA, voltando algum tempo depois com o grnade sucesso do LP Gitâ.
Raul, de 1975 a 1989, lança diversos discos, rompe com Paulo Coelho em 1979, compõe com outros parceiros, passa por cinco casamentos, tendo 3 filhas dessas uniões.Enfrenta o ostracismo das gravadoras, mergulha no alcolismo e passa por tratamentos de desintoxicação. Em 1989 grava com Marcelo Nova A Panela do Diabo, seu último albúm. Raul falece no dia 21 de agosto de 1989, aos 44 anos, vitima de uma pancreatite.
Falar da sua importância na minha vida é como chover no molhado. Sou seu fã incondicional desde os 13 anos e confesso que fiquei inconsolável com a notícia de sua morte. Entre suas canções, as que me marcaram e que ainda me inspiram são: How could i kow, Ouro de tolo, Cachorro-urubu, Gitâ, Tente outra vez, Quando você crescer, Meu amigo Pedro, Conto do sábio Chinês e seu começar a colocar canções aqui, vai faltar espaço. A Música perdeu um pouco da autencidade quando Raul se foi. A nossa música perdeu aquilo que eu mais gosto em um compositor, seja qual for o ritmo: a criatividade. Raul é único e continuará sendo em nossos corações. SAUDADES!!!!!
Cachorro Urubu
Raul Seixas
Composição: Raul SeixasBaby, essa estrada
é comprida
Ela não tem saída
É hora de acordar
Pra ver o galo cantar
Pro mundo inteiro escutar
Baby a estória é a mesma
Aprendi na quaresma
Depois do carnaval
A carne é algo mortal
Com multa de avançar sinal
Todo jornal que eu leio
Me diz que a gente já era
Que já não é mais primavera
Oh baby, oh ba...by
A gente ainda nem começou
Baby o que houve na trança
Vai mudar nossa dança
Sempre a mesma batalha
Por um cigarro de palha
Navio de cruzar deserto
Todo jornal que eu leio
Me diz que a gente já era
Que já não é mais primavera
Oh, baby, oh baby
A gente ainda nem começou
Baby isso só vai dar certo
Se você ficar perto
Eu sou índio Sioux
Eu sou cachorro urubu
Em guerra com Zéu!
é comprida
Ela não tem saída
É hora de acordar
Pra ver o galo cantar
Pro mundo inteiro escutar
Baby a estória é a mesma
Aprendi na quaresma
Depois do carnaval
A carne é algo mortal
Com multa de avançar sinal
Todo jornal que eu leio
Me diz que a gente já era
Que já não é mais primavera
Oh baby, oh ba...by
A gente ainda nem começou
Baby o que houve na trança
Vai mudar nossa dança
Sempre a mesma batalha
Por um cigarro de palha
Navio de cruzar deserto
Todo jornal que eu leio
Me diz que a gente já era
Que já não é mais primavera
Oh, baby, oh baby
A gente ainda nem começou
Baby isso só vai dar certo
Se você ficar perto
Eu sou índio Sioux
Eu sou cachorro urubu
Em guerra com Zéu!
Trem das Sete
Raul Seixas
Composição: Raul SeixasÓ, olha o trem, vem surgindo de trás das montanhas
azuis, olha o trem
Ó, olha o trem, vem trazendo de longe as cinzas do
velho aeon
Ó, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que
sabem do trem
Ó, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no
trem
Quem vai chorar, quem vai sorrir ?
Quem vai ficar, quem vai partir ?
Pois o trem está chegando, tá chegando na estação
É o trem das sete horas, é o último do sertão, do
sertão
Ó, olha o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu,
não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso
no ar
Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e
dos guardiões
Ó, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil
megatons
Ó, ó o mal, vem de braços e abraços com o bem num
romance astral
azuis, olha o trem
Ó, olha o trem, vem trazendo de longe as cinzas do
velho aeon
Ó, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que
sabem do trem
Ó, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no
trem
Quem vai chorar, quem vai sorrir ?
Quem vai ficar, quem vai partir ?
Pois o trem está chegando, tá chegando na estação
É o trem das sete horas, é o último do sertão, do
sertão
Ó, olha o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu,
não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso
no ar
Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e
dos guardiões
Ó, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil
megatons
Ó, ó o mal, vem de braços e abraços com o bem num
romance astral
Gita
Raul Seixas
Composição: Raul Seixas / Paulo Coelho- Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando, foi justamente num sonho que Ele me falou:
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado,
Não falo de amor quase nada,
Nem fico sorrindo ao teu lado.
Você pensa em mim toda hora.
Me come, me cospe, me deixa.
Talvez você não entenda,
Mas hoje eu vou lhe mostrar.
Eu sou a luz das estrelas;
Eu sou a cor do luar;
Eu sou as coisas da vida;
Eu sou o medo de amar.
Eu sou o medo do fraco;
A força da imaginação;
O blefe do jogador;
Eu sou!... Eu fui!... Eu vou!...
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou o seu sacrifício;
A placa de contra-mão;
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição.
Eu sou a vela que acende;
Eu sou a luz que se apaga;
Eu sou a beira do abismo;
Eu sou o tudo e o nada.
Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra,
Do fogo, da água e do ar!
Você me tem todo dia,
Mas não sabe se é bom ou ruim.
Mas saiba que eu estou em você,
Mas você não está em mim.
Das telhas eu sou o telhado;
A pesca do pescador;
A letra "A" tem meu nome;
Dos sonhos eu sou o amor.
Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo;
Eu sou a mão do carrasco;
Sou raso, largo, profundo.
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão;
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão.
Eu!
Mas eu sou o amargo da língua,
A mãe, o pai e o avô;
O filho que ainda não veio;
O início, o fim e o meio.
O início, o fim e o meio.
Eu sou o início,
O fim e o meio.
Eu sou o início
O fim e o meio.
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado,
Não falo de amor quase nada,
Nem fico sorrindo ao teu lado.
Você pensa em mim toda hora.
Me come, me cospe, me deixa.
Talvez você não entenda,
Mas hoje eu vou lhe mostrar.
Eu sou a luz das estrelas;
Eu sou a cor do luar;
Eu sou as coisas da vida;
Eu sou o medo de amar.
Eu sou o medo do fraco;
A força da imaginação;
O blefe do jogador;
Eu sou!... Eu fui!... Eu vou!...
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou o seu sacrifício;
A placa de contra-mão;
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição.
Eu sou a vela que acende;
Eu sou a luz que se apaga;
Eu sou a beira do abismo;
Eu sou o tudo e o nada.
Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra,
Do fogo, da água e do ar!
Você me tem todo dia,
Mas não sabe se é bom ou ruim.
Mas saiba que eu estou em você,
Mas você não está em mim.
Das telhas eu sou o telhado;
A pesca do pescador;
A letra "A" tem meu nome;
Dos sonhos eu sou o amor.
Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo;
Eu sou a mão do carrasco;
Sou raso, largo, profundo.
Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão;
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão.
Eu!
Mas eu sou o amargo da língua,
A mãe, o pai e o avô;
O filho que ainda não veio;
O início, o fim e o meio.
O início, o fim e o meio.
Eu sou o início,
O fim e o meio.
Eu sou o início
O fim e o meio.
DISCOGRAFIA
Álbuns de estúdio
- 1973 - Krig-ha, Bandolo!
- 1973 - Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock
- 1974 - Gita
- 1975 - Novo Aeon
- 1976 - Há 10 Mil Anos Atrás
- 1977 - Raul Rock Seixas
- 1977 - O Dia Em Que a Terra Parou
- 1978 - Mata Virgem
- 1979 - Por Quem os Sinos Dobram
- 1980 - Abre-te Sésamo
- 1983 - Raul Seixas
- 1984 - Metrô Linha 743
- 1987 - Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!
- 1988 - A Pedra do Gênesis
- 1989 - A Panela do Diabo (Com Marcelo Nova)
[editar] Álbuns ao vivo
- 1984 - Ao Vivo - Único e Exclusivo
- 1991 - Eu, Raul Seixas (Show na Praia do Gonzaga, Santos, 1982)
- 1993 - Raul Vivo (Reedição de Ao Vivo - Único e Exclusivo com faixas extras)
- 1994 - Se o Rádio Não Toca... (Show em Brasília, 1974)
[editar] Compactos
- 1993 - A Maçã / Como Vovó Já Dizia / Sociedade Alternativa / Gita (CD - Philips)
- 1993 - Jay Vaquer Featuring Raul Seixas - Mosca na Sopa / 72 en 92 (CD - Girl/USA)
- 1998 - Morning Train (Promo - CD - MZA/Polygram)
- 1998 - É Fim de Mês (Promo - CD - MZA/Polygram)
[editar] Coletâneas
- 1981 - O Melhor De Raul Seixas
- 1982 - A arte de Raul Seixas
- 1983 - O Pacote Fechado de Raul Seixas
- 1985 - Let Me Sing My Rock And Roll
- 1985 - Raul Seixas Rock
- 1986 - Caminhos
- 1986 - Raul Rock Seixas Volume 2
- 1987 - Caroço de Manga
- 1988 - Metamorfose Ambulante
- 1988 - O Segredo do Universo
- 1988 - Raul Seixas Para Sempre
- 1990 - Maluco Beleza
- 1991 - As Profecias (Contém uma faixa inédita)
- 1992 - O Baú do Raul
- 1993 - Os Grandes Sucessos de Raul Seixas
- 1994 - Minha História
- 1995 - Geração Pop Vol.2: Raul Seixas
- 1996 - MPB Compositores 4: Raul Seixas
- 1998 - Documento
- 1998 - 20 Grandes Sucessos de Raul Seixas
- 1998 - Preferência Nacional
- 1998 - Música! O Melhor da Música de Raul Seixas
- 1999 - Brilhantes: Raul Seixas
- 1999 - Millennium: Raul Seixas
- 2000 - Areia da Ampulheta
- 2000 - Enciclopedia Musical Brasileira
- 2001 - Warner 25 Anos: Raul Seixas
- 2002 - Série Identidade: Raul Seixas
- 2002 - Série Gold: Raul Seixas
- 2003 - Anarkilópolis (Contém duas faixas inéditas)
- 2003 - Os Melhores do Maluco Beleza
- 2004 - Essential Brasil: Raul Seixas
- 2005 - O Baú do Raul Revirado (CD com raridades vendido somente com o livro de mesmo nome)
- 2005 - Novo Millennium: Raul Seixas
- 2005 - Série Bis: Raul Seixas
- 2006 - Warner 30 Anos: Raul Seixas
- 2008 - Sem Limite: Raul Seixas
- 2009 - 20 Anos sem Raul Seixas (Reedição de Documento com uma faixa inédita extra)
[editar] Caixas
- 1995 - Série Grandes Nomes: Raul (Caixa com 4 CDs e livreto ilustrado)
- 2002 - Maluco Beleza (Caixa com 6 CDs e livro ilustrado)
- 2009 - 10.000 Anos à Frente (Reedição da caixa Maluco Beleza)
[editar] Participações
[editar] Trilhas sonoras
- 1973 - A Volta de Beto Rockfeller
- 1973 - Rosa dos Ventos
- 1974 - O Rebu
- 1983 - Plunct, Plact, Zuuum
- 1984 - Plunct, Plact, Zuuum II
- 2002 - Cidade de Deus
- 2009 - Viver a Vida
[editar] Outros álbuns
- 1972 - Carnaval Chegou (Coletânea com vários artistas. Raul canta a faixa Eterno Carnaval)
- 1973 - Phono 73 O Canto de um Povo - Volume 1 (LP gravado ao vivo em 1973 com vários artistas da gravadora Philips. Raul aparece com a música Loteria de Babilônia)
- 1975 - Hollywood Rock (Falso álbum ao vivo, lançado somente em LP, e dividido com Erasmo Carlos, O Peso e Rita Lee)
- 1979 - O Banquete dos Mendigos (LP duplo gravado ao vivo em 1973 com vários artistas. Raul aparece com a faixa Cachorro - Urubu)
- 1987 - Duplo Sentido (LP duplo da banda baiana Camisa de Vênus no qual Raul canta na faixa Muita Estrela, Pouca Constelação)
- 1995 - Vida e obra de Johnny McCartney - Álbum do cantor e compositor Leno, gravado (e censurado) em 1971. Raulzito (Raul Seixas) participa na produção, composições e vocais.
[editar] Tributos
- 2004 - O Baú do Raul: Uma Homenagem a Raul Seixas
- fonte Wikipédia
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