sexta-feira, 10 de junho de 2011

Não Calem a minha voz


NÃO CALEM A MINHA VOZ

Eu brinco com o tempo
Luto contra o sono
Quero ser um exemplo
Tenho medo do abandono
Não calem a minha voz!

Comecei sussurrando
Como quem pede socorro
Hoje, depois de tanto esporro,
Aprendi a gritar!
Aprendi a bradar!
Depois de tanto chorar,
Não calem a minha voz!

Minha alma é antiga
Ela vem com o vento
Procuro uma cara amiga
Procuro o meu alento
Sou quem despreza o desprezo
Sou o meu próprio avesso.
Por isso, aprendi a gritar!
Por isso, aprendia a bradar!
Não calem a minha voz!

E mesmo que eu seja calado,
E mesmo que eu esteja escondido,
Mesmo que eu ande vidrado
Seja ralado, chapado, oprimido
Serei sempre reinventado
Serei achado, festejado e aplaudido
Portanto, estragarei a sua festa
Serei o fim dos seus dias
Serei o medo em suas noites
O fim da sua alegria
Se você tentar me calar
Algo irá me amplificar
Minha voz se fará
Vencerei então
Uma faca entrará em seu coração
Ou meu veneno tomará o seu sangue
Seu fim acontecerá
Então, não calem a minha voz.

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