segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Natal


Natal

 
   Eu tinha a ideia de fazer um post bem colorido sobre o Natal, falar da importância da data, “puxar” pelos fatos históricos e etc... mas não deu. A preguiça foi muito mais forte que eu neste mês de dezembro e , além disso, havia outras coisas mais  urgentes para serem realizadas. Gosto muito de escrever, embora muitas vezes eu acho que não escrevo da forma que deveria ser escrita e há muito o que se corrigir nos meus textos. Tudo bem!Vamos em frente!

   Certa vez ,lendo o Diário Gaúcho,na coluna de um senhor espírita que escreve toda terça-feira, ele exaltou a celebração natalina e disse mais: se o Natal não existisse, deveria ser inventado. Ele não estava falando do consumismo, da histeria coletiva nas ruas com a intenção de comprar presentes artigos para ceia e com isso, vem furtos, assaltos, violência e outras coisas. Costumo dizer que dezembro é o mês da loucura, pois por trás das festas acontece de tudo nesse mês. Voltando ao Natal, embora todo esse clima de loucura, é uma época para fazer as pazes consigo e com os outros e exercitar o nosso lado humanitário. Claro que o melhor de nós não deve só aflorar nessa época, mas as festas de Dezembro são ideais para que possamos pensar e fazer o bem ao próximo.
 
    Ainda sobre o Natal: Estava lendo uma postagem de um famoso babalorixá numa rede social falando que o Natal não é uma festa pra nós africanistas, que Jesus Cristo não é Oxalá e que não devemos dar moral para a Igreja Católica e suas festas. Concordo em partes e em partes não concordo. O Natal,na sua origem não é uma festa Cristã. Começou na Roma Antiga como uma festa ao deus persa Mitra, mas , antes disso, era parte de um festival realizado há 7 mil anos por povos do hemisfério norte em louvação ao Sol  e as colheitas. Foi adotado mais tarde, após Roma se converter ao Cristianismo, pois os cristão não sabiam da real data de nascimento de Jesus. Após isso foram agregados outros símbolos, mas nenhum de origem cristã(com exceção do presépio). O Natal, como a maioria das festas cristãs, tem origem em outras culturas, assim como a maioria das religiões tem origem em outras culturas e credos. Não podemos ser tão radicais assim.
   Feliz Natal atrasado a todos.

José Eduardo


JOSÉ EDUARDO




Hoje, 26 de dezembro, o meu caçulinha José Eduardo está completando 2 anos de vida. Agradeço a Deus por ter me dado esse lindo menino como filho. Costumo dizer que ele foi o meu presente de Natal do ano de 2009. Esse menino adorado é meu companheiro em todas as horas.
Filho, embora ainda não entenda o que escrevo pra ti, venho utilizar esse espaço para dizer que você e seus irmãos são as melhores coisas que aconteceram na minha vida. Te amo!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mãe Oxum


Mãe Oxum
 

     Nesse post eu queria agradecer a presença dessa maravilhosa Mãe na minha vida. Apesar do ano 2011, regido por ela, não ter sido um grande ano pra mim, agradeço a Mãe Oxum pela proteção dada a mim e por me livrar das roubadas que a vida me trouxe no mesmo período. Chegamos ao final de mais uma etapa e se o resultado não foi tão positivo assim, temos um ano novo pra construí-lo.
    Oxum, a grande mãe, dona do ouro, da fertilidade, da beleza e do perfume. Rege o amor, a beleza e a vaidade, não no sentido pejorativo, mas sim o prazer de vestir-se bem, de mostrar-se bela, admirada e desejada por todos. A protetora das crianças, que tem seu domínio nas águas dos rios e na fertilidade, tem vários devotos espalhados por esse Brasil e na região de Ijexá e Oxogbo na Nigéria. Em várias lendas, é associada aos mais diversos Orixás, entre eles Bará , Ogum, Xangô , Odé , Oxalá e Orunmilá. Várias cerimônia de cultos afro( Nação, Umbanda, Candomblé entre outros) foram e ainda estão sendo realizadas no dia de hoje. Acabo de deixar a minha oferenda na Prainha, Usina do Gasômetro,em Porto Alegre, onde está rolando sessões de Umbanda e rituais da Nação Africana dos Orixás. Porto Alegre se vestiu de dourado para homenagear a nossa grande mãe.
    Sou orgulhoso por ser seu filho, Yá Oxum Ademun!

É D'oxum

Nessa cidade todo mundo é d'Oxum
Homem, menino, menina, mulher
Toda a cidade irradia magia
Presente na água doce
Presente na água salgada
E toda a cidade brilha
Seja tenente ou filho de pescador
Ou importante desembargador
Se der presente é tudo uma coisa só
A força que mora n'água
Não faz distinção de cor
E toda a cidade é d'Oxum
É d'Oxum
É d'Oxum
Eu vou navegar
Eu vou navegar nas ondas do mar
Eu vou navegar nas ondas do mar
Composição: Anônimo
 
Ou - A Òsum yèyé ipè l’Òrun
( Continuamente vamos mãe Oxum ao chamado e nos
somamos no céu)
D - A Òsum yèyé ipè l’Òrun
( Continuamente vamos mãe Oxum ao chamado e nos
somamos no céu)
Ou - Ipè l’òrun, a dê lúwe yèyé ou! 
( Ao chamado nos somamos sempre usando o céu, chegamos
nadando, OH mãe!)
D - A Òsum yèyé ipè l’Òrun
( Continuamente vamos mãe Oxum ao chamado e nos
somamos no céu)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Fim do ano


     E pensar que este ano de 2011 já está findado. Falta um pouco mais de 25 dias para nos despedirmos de 2011 e vem aquela sensação anual de que não fizemos nada e que seria ideal se sobrasse um tempinho para realizarmos tudo aquilo que não foi possível realizar.Infelizmente somos escravos do relógio e daquilo que convencionamos a chamar de tempo. O calendário, com seus dias e meses, torna-se a principal fonte de preocupação da raça humana. Tem uma propaganda bonitinha(acho que é de um analgésico?!) que fala”taxa pra pagar/meta pra bater/.../o prazo, o atraso, o aumento/ a data de vencimento...”Essas coisas todas fazem parte do teatro das nossas preocupações e, por incrível que pareça, não conseguimos nos livrar delas.
   2011 foi um ano tipo “empata e perde” pra mim ou como eu costumo dizer, um ano que eu fiquei na fila(em todos os sentidos).As coisas que eu quis fazer ou que eu quis pra mim só bateram na trave. Mesmo assim,não foi todo ruim,não. Acho que coisas piores poderiam ter acontecido e que, graças a Deus e a minha mãe Oxum, não aconteceram ou que foram evitadas a tempo de causar danos maiores. Esse ano pude aprender algumas coisas diferentes,pude testar a minha paciência, pude fazer com calma algumas coisas que , em tempos normais de frenética produção,não poderia ter realizado. Pois bem, 2011, na minha ideia  tu já vai tarde, mas foi bom enquanto durou!
   Não vou fazer uma retrospectiva nesse post. Vou deixar essa coisa de inventário para algum post mais perto do dia 31. Fica aqui um registro de mais uma reflexão, mais uma tentativa de passar a limpo uma etapa da minha vida. Todo o tipo de reflexão é bem vinda e todos os seus frutos são saborosos!
Bom domingo e boa semana a todos!

Iansã


Iansã

    O nome Iansã vem do ioruba yia  Omo mesan  que significa a mãe dos nove filhos. Iansã ou Oyá é um Orixá feminino, uma yabá, que primeiramente foi casada com o orixá da guerra, Ogum e depois , segundo as lendas, foi casada com o rei Xangô, juntamente com Oxum e Obá. Dependendo da nação que a cultua, sua cor varia do vermelho (nação Cabinda e Ijexá), rosa ou marrom (nação Oyó). Rainha dos raios, dos ventos e das tempestades, tem o amor e a paixão como o seu domínio. Também é considerada a rainha dos eguns(espíritos). Oyá é um Orixá feminino guerreiro, de temperamento apaixonado e explosivo. Representada todas as mulheres que vão à luta em busca do seu sustento e de seus objetivos. 
 

Iansã - Orixá dos Ventos e da Tempestade !!!(Extraído do site http://casaiemanjaiassoba.com.br/indorixas.html 04/12/2011 01:27)

Oxaguiam (Oxalá novo e guerreiro) estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear. Ogum fazia as armas, mas fazia lentamente.  Oxaguiam pediu a seu amigo Ogum urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Oxaguiam que Oiá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar a fabricação. Oiá se pôs a soprar o fogo da forja de Ogum e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ogum pode fazer muitas armas e com as armas Oxaguiam venceu a guerra. Oxaguiam veio então agradecer Ogum. E na casa de Ogum enamorou-se de Oiá. Um dia fugiram Oxaguiam e Oiá, deixando Ogum enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiam voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oiá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Oxaguiam, onde vivia, Oiá soprava em direção à forja de Ogum. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiam da de Ogum. E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor. E o povo se acostumou com o sopro de Oiá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oiá a forja de Ogum. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oiá e o povo chamava a isso tempestade.

A essa grande mãe pedimos o seu axé!

domingo, 20 de novembro de 2011

CONSCIÊNCIA NEGRA II


CONSCIÊNCIA NEGRA PARTE II


Continuando a falar nesse dia grandioso, eu penso em algumas músicas que falam exatamente da luta de Zumbi e da resistência do povo negro. Tomei a liberdade de postar uma música do grupo Negritude Júnior chamada 300 anos, composta por Altay Veloso e Paulo César Feital, regravada pelo Grupo Bom Gosto e também por Alcione.


300 Anos

Se Zumbi
Guerreiro-guardião
Da Senzala Brasil
Pedisse a coroação
E por direito o cetro do quilombo
Que deixou por aqui
Nossa bandeira era
Ordem, progresso e perdão
É Zumbi
Babá dessa nação
Orixá nacional
Orfeu da Casa Real
Do carnaval do negro
Quilombola da escola daqui
O mestre-sala de Zambi
Na libertação
Parece que eu sou
Zumbi dos Palmares quando sambo
O príncipe herdeiro
Dos quilombos do Brasil
Sou eu, sou eu, Soweto
Livre, Mandela é Zumbi
Que se revive
Exemplo pro céu
De outros países como o meu
Sou eu orgulho de Zumbi
Que vem de Angola e de Luanda
Salve essa nação de Aruanda
Salve a mesa posta de umbanda
Salve esse Brasil-Zumbi










Outra música que não me sai da cabeça é “Nosso Nome é Resisitência” gravada por Alcione. Gravada na década de 1980,letra e música do grande Nei Lopes( admiro muito esse cara, chamado de “senhor áfrica”) e  fala muito sobre a trajetória do nosso povo.

Olha nosso povo aí
Conjugando no presente o verbo resistir
Nossos corpos densos resistindo à opressão
Nossos nervos tensos suportando a humilhação

O olho cresceu, tumbeiro chegou
O couro comeu, o pau roncou
Mas o negro é aroeira
Envergou, mas não quebrou

Preto velho tem mandinga
De amansar feitor
Nega mina tem um dengo
De matar de amor

Palmares, balaios, malês, alfaiates
Fugas, guerrilhas, combates
Mão na cara, dedo em riste
Teatros, fundos de quintal, candomblés,
Blocos, jongos, afoxés
Assim também se resiste
Negritude resplandecente
Consciente a se reconstruir
O nosso nome é resistência
Olha o nosso povo aí

Por final, eu queria postar um samba-enredo. Afinal, eu sou apaixonado por sambas enredos e acho que aprendemos muito com eles. Tantos sambas falaram sobre Negro e Consciência negra que dariam um palylist gigantesco. Eu escolhi um samba enredo da Caprichosos de Pilares. O Samba foi feito para o carnaval 2003 e chamava-se “Zumbi, Rei de Palmares e heroi do Brasil”(não me lembro da autoria, perdoem-me!). Gosto de samba principalmente quando fala: “quero ser livre/esse lamento ecoou na sociedade/que tem as chaves/mas prende seus herois na marginalidade...”Lindo! A Voz é do saudoso Jackson Martins.


amba-Enredo 2003 Caprichosos de Pilares
ZUMBI, REI DE PALMARES E HERÓI DO BRASIL. A HISTÓRIA QUE NÃO FOI CONTADA

ÁFRICA
DOS GUERREIROS DE ANGOLA, DE GEGE E YORUBÁ
NA ESCRAVIDÃO, QUE AGONIA
AI, COMO O NEGRO SOFRIA
NO DESTINO DE ALÉM-MAR
O EUROPEU NO TROCA-TROCA CONSEGUIU
LEVAR AS "PEÇAS DA GUINÉ" PARA O BRASIL
NESSE COMÉRCIO, A PIRATARIA SURGIU

ILU-AYÊ, ILU-AYÊ, UM CANTO TRISTE ECOOU Ô Ô (BIS)
ILU-AYÊ Ô, NA SENZALA, SOFRIMENTO E DOR
VEJA, IFÁ FALOU

QUE OS ORIXÁS VÃO ENVIAR UM LIBERTADOR
CANTA PILARES
ZUMBI FOI REI LÁ NO QUILOMBO DOS PALMARES
NA CULTURA O NEGRO SE AGIGANTA
A FÉ DA "TERRA MÃE" É SEU ALENTO
EXISTE UM GRITO PRESO NA GARGANTA
SÓ OXALÁ SEGURA O FIO DA ESPERANÇA
QUERO SER LIVRE
ESSE LAMENTO RESSOOU NA SOCIEDADE
QUE TEM AS CHAVES
MAS PRENDE SEUS HERÓIS NA MARGINALIDADE
VI NOS OLHOS VERDES DO HOLANDÊS OUTRO PAÍS
CAIU PALMARES, LIBERDADE NÃO SE MATA NA RAIZ
NO BATUQUE BATERIA, SOU ZUMBI (BIS)
ONDE HÁ PAZ E ALEGRIA, EU TÔ AI
QUERO AMAR E MUITO MAIS DIGNIDADE
A CAPRICHOSOS LUTA PELA IGUALDADE

Oliveira Silveira


Oliveira Silveira

 

   Oliveira Silveira foi um poeta afro-gaúcho nascido em Rosário do Sul em 1941.Graduou-se em letras pela UFRGS e além de poeta, foi historiador e ativista negro, sendo um dos idealizadores do 20 de novembro como dia da Consciência Negra. Também foi um dos articuladores do Movimento negro Unificado.Com diversos livros e poemas publicados(sempre constante a temática do negro, da discriminação e da luta do negro pelo seu espaço), Oliveira Silveira lutou pela inclusão do negro em diversos espaços da sociedade. O poeta da Consciência Negra, como foi chamado, faleceu em 1º de janeiro de 2009.


   Esse poeta, grande articulista para eleger a data de hoje como dia da Consciência Negra, é sem dúvida um daqueles herois do povo negro, daqueles que lutaram pela nossa inclusão nesse país que ainda é preconceituoso( e que nega veementemente!). Considero-o juntamente com Abdias  Nascimento, Nei Lopes e muitos outros intelectuais negros grandes exemplos a serem seguidos na busca da identidade e da expressão.
Axé, meu poeta!




ENCONTREI MINHAS ORIGENS
Encontrei minhas origens
em velhos arquivos
....... livros
encontrei
em malditos objetos
troncos e grilhetas
encontrei minhas origens
no leste
no mar em imundos tumbeiros
encontrei
em doces palavras
...... cantos
em furiosos tambores
....... ritos
encontrei minhas origens
na cor de minha pele
nos lanhos de minha alma
em mim
em minha gente escura
em meus heróis altivos
encontrei
encontrei-as enfim
me encontrei

Oliveira Silveira
Roteiro dos Tantãs






Treze de Maio
Treze de maio traição,
liberdade sem asas
e fome sem pão

Liberdade de asas quebradas
como
........ este verso.
Liberdade asa sem corpo:
sufoca no ar,
se afoga no mar.
Treze de maio – já dia 14
o Y da encruzilhada:
seguir
banzar
voltar?
Treze de maio – já dia 14
a resposta gritante:
pedir
servir
calar.
Os brancos não fizeram mais
que meia obrigação
O que fomos de adubo
o que fomos de sola
o que fomos de burros cargueiros
o que fomos de resto
o que fomos de pasto
senzala porão e chiqueiro
nem com pergaminho
nem pena de ninho
nem cofre de couro
nem com lei de ouro.
O que fomos de seiva
.......................de base
..................... de Atlas
o que fomos de vida
........................e luz
chama negra em treva branca
.......................quem sabe só com isto:

que o que temos nós lutamos
para sobreviver
e também somos esta pátria
em nós ela está plantada
nela crispamos raízes
de enxerto mas sentimos
e mutuamente arraigamos
....quem sabe só com isto:
que ela é nossa também, sem favor,
e sem pedir respiramos seu ar
....a largos narizes livres
bebemos à vontade de suas fontes
... a grossas beiçadas fartas
tapamos-destapamos horizontes
....com a persiana graúda das pálpebras
escutamos seu baita coração
....com nosso ouvido musical
e com nossa mão gigante
batucamos no seu mapa
....quem sabe nem com isso
e então vamos rasgar
a máscara do treze
para arrancar a dívida real
com nossas próprias mãos.


Oliveira Silveira
Banzo - Saudade Negra

Consciência Negra


CONSCIÊNCIA NEGRA





  •         Esse data, 20 de novembro, diz muito a nós, negros. Significa que não nos conformamos com uma “abolição” outorgada pela Princesa Isabel, mas abraçamos a luta e causa de Zumbi de Palmares. O 20 de novembro vai além da morte de um líder e de um ideal, o Quilombo dos Palmares e vem de encontro com a ideia de como lutamos pela liberdade e pelo nosso espaço. A Consciência Negra vai muito além da aceitação da cor, mas a ideia de etnia, de povo, de espaço, de cultura própria e de cultura inserida em uma cultura maior: a cultura brasileira.
          Fica como reflexão para esse dia não só a luta de Ganga Zumba e de Zumbi dos Palmares, mas também a luta diária de negros e negras pelo sustento e educação de seus filhos. Fica também na memória todos os nossos herois, que no passado formaram grupos de resistência e fizeram com que o povo negro( e por extensão, o brasileiro) não morresse e não fosse sufocado por outras etnias, apesar de ter acontecido alguns episódios insanos na nossa história que apagaram (ou tentaram apagar) parte do nosso passado( vide a queima de arquivos da escravidão por parte de Rui Barbosa). Resistimos, lutamos e estamos aí, buscando ainda mais conquistas.
        Viva Zumbi! Viva Palmares! Viva o povo negro! Viva o Povo Brasileiro!

    quinta-feira, 17 de novembro de 2011

    Constatações


    Eu vislumbrei um dia de sol
    Sem saber que a chuva e o vento eram iminentes
    Ontem, havia orações e esperanças no meu coração
    Hoje eu tenho somente a certeza que nada vai mudar
    As flores murcharam no jardim
    O vento destruiu o meu telhado
    Sobrou somente um monte de trabalho a ser feito
    E a convivência com os meus defeitos
    Mas ainda tenho alguma coisa...........

    quarta-feira, 16 de novembro de 2011

    Proclamação da República


    REPÚBLICA DAS  ILUSÕES NO PAÍS DO BLÁ—BLÁ-BLÁ


     
          O título do texto não é de autoria minha. Na verdade, ele é um título de um enredo que a Unidos de Vila Isabel de Viamão desenvolveu e levou pra avenida em 1989, ano do Centenário da Proclamação da República. Naquela época, vínhamos de uma ditadura militar que durou 25 anos e, os quatros que se seguiram após  a redemocratização e com direito a uma Assembléia Nacional Constituinte , onde foi promulgada a nossa Carta Magna em outubro de 1988(Não esquecendo do Plano Cruzado e Plano Verão, ambos deram errado!), as ilusões sobre a nossa Pátria Mãe Gentil haviam se dissolvido. Pois bem,eu não vim falar sobre os últimos 25 anos da história do nosso país, mas sim refletir sobre a data de ontem, aniversário da Proclamação da República, 15 de Novembro.
         Não é mistério porá ninguém que a República está aí devido ao desgaste do Regime Monárquico com os militares(representados pelo Marechal que tornou-se o primeiro presidente da república(Deodoro), pro Floriano Peixoto entre outros), com os latifundiários proprietários de fazendas de café(devido a abolição) e com setores do clero(devido a D. Pedro II ser maçom e ser aconselhado por esse grupo). A pressão desses grupos fizeram a monarquia cair a 15 de novembro de 1889. O golpe militar(já começou errado!) seria no dia 20 de novembro, mas como houve boatos que o governo imperial iria prender os conspiradores Benjamim Constant, Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca, o movimento foi antecipado em cinco dias antes. O Marechal Deodoro foi tirado da cama(estava doente) para liderar o movimento.
         Após isso, tudo é conhecido(eu acho): o Imperador Dom Pedro II e sua família partiram para o exílio na Europa, tivemos eleições para presidente da república somente em 1894 ( os primeiros anos da jovem república brasileira foram provisórios, mandatos executados por militares) e mesmo assim, as eleições realizadas nesse época eram feitas com votos de cabresto(o voto não era secreto, influenciado pelos “chefes” ou “patrões” e muitas vezes havia mais votos do que eleitores). Estava estabelecida a República do Café Com Leite.
         O nosso sistema Republicano nunca foi estável. Passamos por Oligarquias, “Revoluções”, Golpes, redemocratizações. Poucos presidentes eleitos realmente e , nos últimos 16 anos, vivemos uma calmaria.Ainda convivemos com o fantasma da corrupção. Não que em outros países não exista isso, existe sim e muito pelo mundo afora, mas a impunidade nesse país é gritante. Política ainda é feita para beneficiar partidos e correligionários e não o povo brasileiro.Com o advento da Internet e com o esclarecimento da população parece que as coisas tendem a mudar. Por enquanto, serremos ainda o país do título do texto.

    Dia da Umbanda

    Umbanda

       Ontem, dia 15 de Novembro, foi o dia da Umbanda. A religião onde os espíritos vem para fazer o bem e a caridade, nasceu no dia 15 de novembro de 1908, com a incorporação do Caboclo das 7 encruzilhadas  pelo médium Mário Fernandino de Moraes. Anteriormente a este fato histórico, já haviam algumas “giras” onde preto-velhos, erês e caboclos chegavam e auxiliavam os mais necessitados, mas a instituição dessa religião deu-se nessa data. A partir da mesma, a Umbanda não parou de crescer e encantar.
       Não vou aqui tentar relatar e explicar os vários tipos de cultos e entidades. Essa postagem é mais uma homenagem a todos que praticam, freqüentam e gostam dos cultos Umbandistas e, por extensão, afro-brasileiros. Fica a minha homenagem a todas as falanges que tem a missão de auxiliar o próximo e que geram uma reciprocidade entre médium e entidade no resgate cármico.
      Salve a Umbanda!
     

    Boyz In The Hood

    OS DONOS DA RUA



          Nos anos 90, eram bem comum termos filmes norte-americanos que retratavam a vida dos negros nos grandes centros urbanos dos Estados Unidos da América. Grandes diretos como Spike Lee e John Siglenton ( não esquecendo de outros, é claro) se destacaram nesse gênero mostrando, muitas vezes, com uma visão bem cruel da realidade afro-americana, muitas vezes confundida com uma visão racista. Acho que viver num ambiente hostil, que tenta fechar os olhos para os problemas de uma comunidade inteira, o torna apto para responder com as mesmas armas com as quais você é constantemente atacado. Isso é outra história, o que importa dizer que nessa década, tivemos grandes filmes que não só mostravam um estilo de vida, mas também a falta de perspectiva da juventude afro-americana, a violência e sem falar das geniais trilhas sonoras regadas com muito rithm and blues, Hip-Hop e outros gêneros.
        Os Donos da Rua ( Boyz in the Hood, E.U.A, 1991) é um filme do diretor John Sigleton que retrata a história de 3 amigos que crescem no mesmo bairro violento da cidade de Los Angeles. Um elenco de primeira com as participações de Cuba Gooding Jr. , Lawrence Fishborne, Ângela Basset, Ice Cube entre outros, mostra como é difícil(mas não impossível) seguir no caminho do bem quando as drogas, a violência, o sistema ( que faz de tudo para a comunidade se destruir) conspiram contra você. O filme deixa lições importantes: a estrutura familiar é decisiva nas tuas escolhas e caminhos, perseverar no caminho do bem, lutar contra os estereótipos que as sociedade nos impõe. Vale a pena assisti-lo e a cada vez que eu o vejo, mais admirado fico pelo discurso correto do roteiro.

    A Tormenta das Espadas


    CRÔNICAS DE GELO E FOGO 3
    A TORMENTA DAS ESPADAS
     


         É sempre uma surpresa quando abrimos mais um volume da saga “As Crônicas de Gelo e  Fogo” e “A Tormenta das Espadas” não é diferente. Com suas 880 páginas e seu ritmo alucinante ( a cada capitulo ou ponto de vista de personagem não  sabemos o que vai acontecer!), é um livro ao mesmo tempo fascinante e cansativo. Como já foi resenhado pela crítica especializada e por outros blogueiros, George R. R. Martin não tem escrúpulos em “matar” os seus personagens principais e dessa vez não é diferente. Se quiserem saber quem a morre na história, pegue o livro e leia.
        Uma das novidades, nesse volume, fica por conta dos pontos de vista. Além dos que já estávamos acostumados( Arya, Sansa, Bran, Jon, Tyrion, Davos,Catelyn e Daenerys) o autor traz o de Jaime Lannister, um dos odiados vilões da história. Com a possibilidade do PDV de Jaime,temos a oportunidade de ver certos fatos acontecidos com  a visão do regicida e vermos que, talvez ele não seja tão vilão assim. Minha opinião.
        O final da leitura de um tomo enorme como esse deixa dois sentimentos: o de alívio pelo fim e o de ansiedade, pois você quer saber como acontecerá o desfecho da luta pelo Trono de Ferro. Ainda temos mais 4 volumes pela frente e o próximo na sequência, “O Festim dos Corvos” será lançado aqui no Brasil somente em fevereiro de 2012. Até lá, ficaremos esperando, esperando........

    domingo, 6 de novembro de 2011

    A REDE SOCIAL



    A REDE SOCIAL

    O filme A Rede Social ( The Social Network, E.U.A, 2010) é o filme que conta a trajetória da criação do Facebook. As brilhantes atuações de Jesse Eisenberg, Justin Timberlake e Andrew Garfield já valem o filme. A história é bem conhecida: conta como Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin criaram a mais famosa rede social do mundo e todos os bastidores que envolveram esse processo. E por falar em processo, o filme mostra também todos os processos que Zucerberg teve de enfrentar por plágio depois da criação do Facebook, incluindo a inimizade
    que ficou entre ele e Saverin. O filme nos mostra um Mark Zuckerberg frio, preocupado com a sua rede social e mais nada.
    Esse filme interessante reforça a ideia  sobre aquelas “invenções” ou “descobertas” por acaso e que mais tarde geram bilhões aos seus criadores. O facebook foi uma invenção aleatória, nascida de uma bebedeira de Zuckerberg(inicialmente, como foi mostrado no filme, aprimorada depois.), sem a intenção de virar uma máquina de dinheiro, mas que trouxe muitos dólares aos bolsos de seus envolvidos. Mais uma dos nerds que, finalmente, dominaram o mundo e estão mostrando porque vieram.

    quarta-feira, 2 de novembro de 2011

    CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

    CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE


     
    31 de outubro é o dia de nascimento do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. O poeta itabirano, dono de uma grande ironia, poeta de versos livres ,com grande teor social. Drummmond  nos deixou em 1987 e ficamos órfãos da sua poesia lúcida, que num poema era irônico, em outro poema abraçava-se ao erotismo. Não poderia deixar de citá-lo pela passagem do dia do seu nascimento.






  • Poema de sete faces
    Quando nasci, um anjo torto
    desses que vivem na sombra
    disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
    As casas espiam os homens
    que correm atrás de mulheres.
    A tarde talvez fosse azul,
    não houvesse tantos desejos.
    O bonde passa cheio de pernas:
    pernas brancas pretas amarelas.
    Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
    Porém meus olhos
    não perguntam nada.
    O homem atrás do bigode
    é sério, simples e forte.
    Quase não conversa.
    Tem poucos, raros amigos
    o homem atrás dos óculos e do bigode.
    Meu Deus, por que me abandonaste



    Hino nacional
    Precisamos descobrir o Brasil!
    Escondido atrás das florestas,
    com a água dos rios no meio,
    o Brasil está dormindo, coitado.
    Precisamos colonizar o Brasil.
    O que faremos importando francesas
    muito louras, de pele macia,
    alemãs gordas, russas nostálgicas para
    garçonnettes dos restaurantes noturnos.
    E virão sírias fidelíssimas.
    Não convém desprezar as japonesas.
    Precisamos educar o Brasil.
    Compraremos professores e livros,
    assimilaremos finas culturas,
    abriremos dancings e subvencionaremos as elites.
    Cada brasileiro terá sua casa
    com fogão e aquecedor elétricos, piscina,
    salão para conferências científicas.
    E cuidaremos do Estado Técnico.
    Precisamos louvar o Brasil.
    Não é só um país sem igual.
    Nossas revoluções são bem maiores
    do que quaisquer outras; nossos erros também.
    E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões...
    os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas...
    Precisamos adorar o Brasil.
    Se bem que seja difícil caber tanto oceano e tanta solidão
    no pobre coração já cheio de compromissos...
    se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,
    por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos.
    Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
    Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,
    ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.
    O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
    Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil.
    Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?

    José
    E agora, José?
    A festa acabou,
    a luz apagou,
    o povo sumiu,
    a noite esfriou,
    e agora, José?
    e agora, você?
    você que é sem nome,
    que zomba dos outros,
    você que faz versos,
    que ama, protesta?
    e agora, José?
    Está sem mulher,
    está sem discurso,
    está sem carinho,
    já não pode beber,
    já não pode fumar,
    cuspir já não pode,
    a noite esfriou,
    o dia não veio,
    o bonde não veio,
    o riso não veio,
    não veio a utopia
    e tudo acabou
    e tudo fugiu
    e tudo mofou,
    e agora, José?
    E agora, José?
    Sua doce palavra,
    seu instante de febre,
    sua gula e jejum,
    sua biblioteca,
    sua lavra de ouro,
    seu terno de vidro,
    sua incoerência,
    seu ódio e agora?
    Com a chave na mão
    quer abrir a porta,
    não existe porta;
    quer morrer no mar,
    mas o mar secou;
    quer ir para Minas,
    Minas não há mais.
    José, e agora?
    Se você gritasse,
    se você gemesse,
    se você tocasse
    a valsa vienense,
    se você dormisse,
    se você cansasse,
    se você morresse...
    Mas você não morre,
    você é duro, José!
    Sozinho no escuro
    qual bicho-do-mato,
    sem teogonia,
    sem parede nua
    para se encostar,
    sem cavalo preto
    que fuja a galope,
    você marcha, José!
    José, para onde?

    A bunda, que engraada
    A bunda, que engraçada.
    Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
    Não lhe importa o que vai
    pela frente do corpo. A bunda basta-se.
    Existe algo mais? Talvez os seios.
    Ora - murmura a bunda - esses garotos
    ainda lhes falta muito que estudar.
    A bunda são duas luas gêmeas
    em rotundo meneio. Anda por si
    na cadência mimosa, no milagre
    de ser duas em uma, plenamente.
    A bunda se diverte
    por conta própria. E ama.
    Na cama agita-se. Montanhas
    avolumam-se, descem. Ondas batendo
    numa praia infinita.
    Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
    na carícia de ser e balançar
    Esferas harmoniosas sobre o caos.
    A bunda é a bunda
    redunda.



    Confidência do Itabirano
    Alguns anos vivi em Itabira.
    Principalmente nasci em Itabira.
    Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
    Noventa por cento de ferro nas calçadas.
    Oitenta por cento de ferro nas almas.
    E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
    A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
    vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes.
    E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
    é doce herança itabirana.
    De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
    esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil,
    este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
    este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
    este orgulho, esta cabeça baixa...
    Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
    Hoje sou funcionário público.
    Itabira é apenas uma fotografia na parede.
    Mas como dói!

    Finados

    Finados

     


        Hoje é um dia para lembrar dos entes queridos que se foram. Na verdade, todo o dia lembramos daqueles que nos deixaram e só deixaram saudades. Desde o século XIII, o dia 02 de novembro é consagrado, pela Igreja Católica, como o dia dedicado aos mortos, se bem que essa prática é bem anterior ao referido século para o início do culto. No México, além de um dia de orações, também é um dia de festa. Lá as tradições católicas misturam-se as festividades indígenas e criaram uma celebração peculiar. São feitas oferendas aos mortos nos seus respectivos túmulos decorados, as pessoas fantasiam-se como no dia das bruxas, mas só que a temática é a caveira e as pessoas passam o http://i1.r7.com/data/files/2C92/94A3/249E/C3B8/0124/B425/77A9/45DD/dia-5-hg-20091102.jpgdia junto às tumbas de seus familiares. Foi considerada pela UNESCO em 2003 como patrimônio cultural da humanidade.


     
      Bom, não há muito o que dizer sobre o dia de hoje. Quer possamos passar positividade para os nossos entes queridos falecidos que estão no outro lado e que eles nos passem também. A evolução espiritual é uma coisa de dois lados, dois mundos. Que todos nós possamos prosseguir a nossa caminhada em paz.


    terça-feira, 1 de novembro de 2011

    Namorados Para Sempre


    NAMORADOS PARA SEMPRE

     

        Assisti domingo o filme Namorados Para Sempre (Blue Valentine, E.U.A,2010) e , além de me questionar sobre o final(não vou falar!assistam), o filme deixa no ar uma dúvida sobre a verdadeira finalidade dos relacionamentos. Para começo de conversa, o filme relata o rotina de um casal, Cindy e Dean, que estão vivendo uma crise no relacionamento(talvez devido a rotina, talvez pela falta de amor, talvez...talvez...) e no  meio disso tudo, uma filha de cinco anos. No desenrolar da trama, são feitos alguns flashbacks mostrando situações totalmente contrárias a que eles estão vivendo: o começo do namoro, o fogo da paixão consumindo os dois e a união do casal na resolução de problemas comuns. O desfecho da história é um pouco sem graça e meio sem sentido, mas como estamos acostumados aos finais felizes de Hollywood, esse ta valendo.
       Ficou uma série de perguntas e grilos depois de ver essa história que eu julguei que seria mais uma história de amor comum do cinema americano. Comum, na verdade, ela é, pois acontece diariamente na vida real, com personagens de carne e osso. Claro que fica sempre o desejo do final feliz, do mocinho beijando a mocinha no final e tudo acabando as mil maravilhas. Acho que a nossa vontade de ser feliz é muito exagerada, pois não prevê (ou finge que não vê) que relacionamentos tem início, meio e fim e, quando não dá mais para seguir junto, o melhor é que cada um vá para o seu lado e preservar a dignidade e a amizade( difícil...). O filme alerta ainda sobre a estagnação tão comum a todos os relacionamentos e que faz chegar a um ponto determinante, onde somos levados a escolher a continuar nesse caminho estagnado, melhorar a nossa estrada(e por conseqüência a de todos que se beneficiam da relação) ou procurar outros caminhos, afinal a vida continua.
        É, infelizmente, a literatura, o cinema e outras mídias nos ensinaram ao longo do tempo coisas que na prática poucas vezes funcionam . Para haver um “felizes para sempre” tem que “rebolar” muito, passar por várias “turbulências” até atingir o que é esperado. Desculpem-me pelo clichê, mas é real. Se um amor sobrevive a tudo isso, pode ser que mereça o “final feliz” tão esperado. 
     

    Dia de todos os santos


    DIA DE TODOS OS SANTOS

        O dia 1º de novembro é dedicado a todos os santos, conhecidos ou não. Este data é importante no Catolicismo, pois é dedicada a todos os seus fiéis virtuosos, que após a sua morte se aproximam de Deus e podem realizar milagres na terra. Até o século VII era  celebrada no dia 13 de maio, mas foi o Papa Gregório III que a colocou no dia no primeiro dia do décimo primeiro mês do ano para coincidir com Samhain, festival que deu origem ao Halloween, o dia das bruxas. O objetivo dessa mudança era atrair os “pagãos” à Igreja.
        Como o dia é dedicado a todos os santos, principalmente àqueles que não tem um dia especial dedicado a si próprios, pedimos a eles que olhem por nós, nos auxiliando e nos conduzindo ao caminho do bem.
    Bom feriado a todos!

    segunda-feira, 31 de outubro de 2011

    Halloween


    Halloween



         O Halloween é uma festividade originária da Grã-Bretanha, difundida largamente nos países de língua inglesa, com grande importância nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Irlanda. Originou-se da festividade chamada Samhain, uma celebração dedicada aos mortos. Esse festival ocorria sempre entre os dias 30 de outubro a 02 de novembro. O festival de Samhain também era dedicado ao final do verão. Com o tempo, a data também mesclou-se com a tradição católica do dia de todos os santos e finados( Halloween vem de All halloweed eve=  vigília de todos os santos), ficando a festa com a sua data definitiva no dia 31 de outubro.
        Apesar de ser uma celebração anglo-americana, não a vejo com maus olhos. As crianças e os adultos se divertem vestindo fantasia, buscando doces e brincando com personagens que, normalmente, as pessoas sentiriam medo.  Ocorre festas em todos os lugares para brincarem o dia das bruxas. O Halloween acaba se tornando um carnaval fora época.
       Uma ideia interessante seria , além de usar as fantasias, pedir os doces ou propor as travessuras, contar histórias de fantasmas ou outros seres do além e ver filmes de terror. Ficaria bem bacana e, quem sabe, mais aterrorizante!
      Feliz dia das Bruxas a todos!