terça-feira, 1 de novembro de 2011

Namorados Para Sempre


NAMORADOS PARA SEMPRE

 

    Assisti domingo o filme Namorados Para Sempre (Blue Valentine, E.U.A,2010) e , além de me questionar sobre o final(não vou falar!assistam), o filme deixa no ar uma dúvida sobre a verdadeira finalidade dos relacionamentos. Para começo de conversa, o filme relata o rotina de um casal, Cindy e Dean, que estão vivendo uma crise no relacionamento(talvez devido a rotina, talvez pela falta de amor, talvez...talvez...) e no  meio disso tudo, uma filha de cinco anos. No desenrolar da trama, são feitos alguns flashbacks mostrando situações totalmente contrárias a que eles estão vivendo: o começo do namoro, o fogo da paixão consumindo os dois e a união do casal na resolução de problemas comuns. O desfecho da história é um pouco sem graça e meio sem sentido, mas como estamos acostumados aos finais felizes de Hollywood, esse ta valendo.
   Ficou uma série de perguntas e grilos depois de ver essa história que eu julguei que seria mais uma história de amor comum do cinema americano. Comum, na verdade, ela é, pois acontece diariamente na vida real, com personagens de carne e osso. Claro que fica sempre o desejo do final feliz, do mocinho beijando a mocinha no final e tudo acabando as mil maravilhas. Acho que a nossa vontade de ser feliz é muito exagerada, pois não prevê (ou finge que não vê) que relacionamentos tem início, meio e fim e, quando não dá mais para seguir junto, o melhor é que cada um vá para o seu lado e preservar a dignidade e a amizade( difícil...). O filme alerta ainda sobre a estagnação tão comum a todos os relacionamentos e que faz chegar a um ponto determinante, onde somos levados a escolher a continuar nesse caminho estagnado, melhorar a nossa estrada(e por conseqüência a de todos que se beneficiam da relação) ou procurar outros caminhos, afinal a vida continua.
    É, infelizmente, a literatura, o cinema e outras mídias nos ensinaram ao longo do tempo coisas que na prática poucas vezes funcionam . Para haver um “felizes para sempre” tem que “rebolar” muito, passar por várias “turbulências” até atingir o que é esperado. Desculpem-me pelo clichê, mas é real. Se um amor sobrevive a tudo isso, pode ser que mereça o “final feliz” tão esperado. 
 

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